23 abril 2010

Sem som

Encerra-se hoje a Conferência dos Povos da Terra, convocada pelo Evo, bem aqui na Bolívia, e eu nem pude ir. Tudo bem, já não estou mesmo tão disposto assim a movimentos e já me basta o Seminário dos ayahuasqueiros na semana passada, cujos resultados ainda vão render muito trabalho.
Mas a idéia é interessante, fazer uma Conferência oposta às reuniões de "estadistas" organizadas pela ONU, como o fiasco de Copenhague e o próximo fracasso, já anunciado, no México. Foi assim que nasceu o Fórum Social de Porto Alegre, para se opor ao Forum Econômico de Davos. Tem algum resultado? Muito pouco, mas é sempre bom encontrar a turma, né mesmo?
De todo modo, todas essas grandes reuniões internacionais são midiáticas e simbólicas, destinam-se a impressionar a psique coletiva e seu resultado prático é o barulho. Por isso lamento que a mídia brasileira tenha dado tão pouca importância ao encontro na Bolívia, merecia ao menos uma zoadinha. Mas -que digo!- a maioria dos brasileiros nem sabe onde fica a Bolívia.

3 comentários:

luciahelena disse...

Antonio,
Irada, lamentei que a nossa imprensa de merda não tenha publicado nada sobre el CUME DE LOS PUEBLOS na Bolívia. Bem, será que poderíamos esperar outra coisa desta imprensa tendenciosa, bostosa, poderosa, que publica só o que lhe interessa? Cheira-me até boicote...
Mas, vc não imagina que quase estive lá participando da Conferência. Na última hora faltou o apoio financeiro necessário, pois não pude me mobilizar antes.
De qualquer forma teremos o relato de meus queridos amigos Carlos Walter e Enrique Leff que foram como convidados para palestrar.
"É quem não tem cão caça com gato". E que gatos eles são!!!
Beijos,
LU

NN disse...

A Bolivia a gente sabe aonde é. Nao sabemos ainda aonde fica o Acre...Vc bem que podia nos ajudar! Um abraço NN

Anônimo disse...

Sim, Acre, o melhor lugar do mundo,não é uma Macondo,mas fica bem pertinho,por lá já se conhece o gêlo, acho que por causa do calor a novidade chegou cedo: o picolé barra-limpa sempre depois de tomar do tacacá da Donana, uma negra baina do tempo do Raimundo Ireneu.