28 outubro 2009

Menos mal

CÂMARA APROVA REGIME DE URGÊNCIA PARA REFERENDO SOBRE MUDANÇA DO FUSO HORÁRIO NO ACRE

Projeto de Flaviano Melo (PMDB-AC) foi aprovado por 267 votos a favor e 40 contra. Partido dos Trabalhadores (PT) trabalhou ativamente contra a aprovação.

(Leia no blog Ambiente Acreano, de Evandro Ferreira)

Um comentário:

LuHelena disse...

Desde que morei em Rio Branco, a partir de 1980, e conheci várias cidades desse estado e, encantei-me com a floresta amazônica, com seus mistérios e segredos - com sua magia - percebi um forte sentimento de acreaneidade que recobria seus povos. Em verdade um sentimento, uma identidade tão profunda que me causava espanto (surpresa) e admiração. Afinal, em meio a geléia geral, um povo com identidade. Mas, ao mesmo tempo, que isso me causava grande admiração, me perturbava também, por várias razões que não cabe aqui expô-las. Apenas quero colocar que desde tal época, até o presente percebo que a acreaneidade perpassa (ou encompassa) vários segmentos sociopolíticos locais: de "direita", "de esquerda", de "centro", "progressistas", "conservadores", reacionários, enfim, abarca todos.
Todavia, há que se diferenciar - não por posição política ou enquadramentos ideológicos estreitos - o caráter genuíno e legítimo daqueles que afirmam com orgulho verdadeiro a sua acreaneidade.
Os antropólogos nos ensinam que as identidades podem ser manipuladas a seu bel prazer em nome de interesses os mais escusos e diante de circunstâncias as mais variadas. Neste caso, a manipulação identitária é sempre política.
Diante de algo tão relevante proposto por Flaviano Melo, pergunto até que ponto sua acreaneidade é legítima, verdadeira, considerando sua biografia política. Do mesmo modo, faço a mesma pergunta para os representantes do PT, ditos de esquerda, que votaram contra. Qual é, afinal, a de todos eles como acreanos?
Uma pergunta para os acreanos: o que é ser acreano, em seu passado histórico e hoje? Isso vale para todos, tanto para os chamados "povos da floresta", como para os "povos citadinos". Creio que teríamos versões múltiplas e diferenciadas no tempo e espaço. Mas, a pergunta continua me intrigando desde os idos anos 80.
Um abraço,
luciacreana.