.
Madrugada silenciosa no açude, ao céu estrelado.
Águas cálidas em meu peito, o Sete Estrelas sobre a fronte.
Quem me andava disperso, agora retoma o Oriente.
Ensino-me. Recito versos íntimos
deste catecismo poético que a Mãe escreve em seu corpo.
Água cura. Estrelas contam sabedorias.
.
Jorrariam as palavras, líquidas e certas,
não fosse o silêncio a mais respeitosa reverência.
Acaricio cicatrizes de antigas guerras até que desapareçam
da memória da pele.
.
Desde a terra, subo lentamente e já não me alcanço.
.
18 outubro 2012
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Tão bom, tão sereno (afinal!)... Perceber seu regresso aos poucos... a espaços... Esparços os passos, e daí?!... Confiar que fiz bem em continuar de pé fincado aqui, encolhendo os ombros para as aparências... aguardando sem tempo nem pressa, apesar da vaga ânsia. Forte abraço. Florestlântico. Feliz.
Postar um comentário