13 abril 2009

Jejuns

Andei fazendo jejum de palavras na Semana Santa, que o silêncio é alimento fino para ser degustado em calma. Algum dia andou se alongando, entrando pela noite, varando a madrugada até emendar no dia seguinte. Outro ficou quebrado por uma vinda à cidade, no meio da tarde, passagem rápida diante de um computador, notícias do mundo, visão do conflito, trânsito de pressas. Algumas coisas aprendi, outras esqueci. Mais que tudo, vi a chuva que choveu choventamente. Para mim, dádiva e beleza. Caos no trânsito e dezenas de famílias desabrigadas. A natureza é um problema social. Est'outra semana será menos santa, talvez. Mas vou aprendendo, aos poucos, que certos problemas não são meus.

3 comentários:

Márcia Corrêa disse...

Aprender que certos problemas não são nossos é uma libertação. Ontem conversava com uma amiga sobre quase isso. Se a gente se arvora a querer resolver tudo, não dá conta de nada e ainda ocupa o lugar do outro, que também tem seu quinhão de reponsabilidade. Querer resolver tudo cheira a pretensão, a brincar de Deus. Ai como é bom quase não ser mais assim.

Natalia Jung disse...

eita que esta chuva lava mermo! tá bom que só ver este banho...

Anônimo disse...

Até porque os deuses ficam irados conosco quando queremos destroná-los, somos simples mortais e brincar de Deus é muito perigoso.