Andei fazendo jejum de palavras na Semana Santa, que o silêncio é alimento fino para ser degustado em calma. Algum dia andou se alongando, entrando pela noite, varando a madrugada até emendar no dia seguinte. Outro ficou quebrado por uma vinda à cidade, no meio da tarde, passagem rápida diante de um computador, notícias do mundo, visão do conflito, trânsito de pressas. Algumas coisas aprendi, outras esqueci. Mais que tudo, vi a chuva que choveu choventamente. Para mim, dádiva e beleza. Caos no trânsito e dezenas de famílias desabrigadas. A natureza é um problema social. Est'outra semana será menos santa, talvez. Mas vou aprendendo, aos poucos, que certos problemas não são meus.
13 abril 2009
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3 comentários:
Aprender que certos problemas não são nossos é uma libertação. Ontem conversava com uma amiga sobre quase isso. Se a gente se arvora a querer resolver tudo, não dá conta de nada e ainda ocupa o lugar do outro, que também tem seu quinhão de reponsabilidade. Querer resolver tudo cheira a pretensão, a brincar de Deus. Ai como é bom quase não ser mais assim.
eita que esta chuva lava mermo! tá bom que só ver este banho...
Até porque os deuses ficam irados conosco quando queremos destroná-los, somos simples mortais e brincar de Deus é muito perigoso.
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