29 abril 2010

Imgna tuu

Ravisol le simtgana avirin pel. Resm tolol, bisvemiat log. Sermil posram-al es nigma lobrou des librumul, iest wymm randmoliens iifta, segres intlonesc vana sintegma. Des simil cheeg mostrainom, iest bobol le prinoliemskval -urs malien rot bivens- sed lomian are abuv. Serdan levetice mori, escto bnel, infisien melimensi segres lantan. Bolis, meme.
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Ligbai merem flast homberer, sint volem urtan, belaruus monton beev semocta yom nonenko. Apras lim monam? Reterem dis. Resm luteg, imbirol selomai dereven -sambran cutou- ven sintegma oliens iifta, buloneros. Iresnan selei "palavra" selomens fagal.
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Ereneis "palavra"? Legorai ranuc simel, bolis. Renamal singron rones savec limoe baag sed milumidessi, gora fusam, bedomus sinopta lagra entormes. Singrovamal dis, ligbai moton.
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Imgna tuu yesei bil: borifai. Borifai meme.

26 abril 2010

O colecionador

Iniciei, há pouco mais de dois anos, uma coleção de palavras que inventei para uso particular e exclusivo. A princípio, intentei acrescentá-las, por serem incompreensíveis, àquelas importantes coleções promovidas por respeitáveis institutos desde tempos remotos: as de uso raríssimo, sonoridade estranha, significado improvável ou quaisquer outros atributos que despertem interesse e produzam valor. Decidi, entretanto, que palavras de minha autoria devem ficar separadas, não por alguma forma de vaidade mas, exato oposto, por não julgar-me à altura dos grandes vultos do passado, mestres da literatura ou veneráveis anciãos desta terra, em cujas expressões -livros, cartas ou lembranças- tem sido encontradas, as palavras das antigas coleções, digo, valiosas e diferentes desta que há pouco mais de dois anos, como disse, iniciei.
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Não parecerá aos meus contemporâneos despropositado colecionar palavras inventadas, pelo simples fato de que não as pronunciarei nem escreverei e porque, afinal, ninguém desconhece que o hábito de colecionar distingue a condição humana e sua capacidade de erguer civilizações. Cada civilização, em essência, é uma coleção de coleções; sua base, a língua, constitui uma coleção pública de palavras com uso generalizado e significados compartilhados, frequentemente consensuais.
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Tenho poucas, por enquanto. Algumas perdi para o esquecimento, vez que não ouso registrá-las para que não caiam em mãos alheias e, como sabem, minha memória, outrora infalível, já se desbota com o tempo e as atribulações da vida. Melhor assim: fossem moedas, eu acumularia um tesouro impossível de levar para o outro mundo, aquele que se alcança ao ultrapassar o portal da morte, e isso me entristeceria; sendo palavras, riqueza que o espírito carrega com facilidade, mesmo desconhecidas e incompreensíveis, podem compor um patrimônio difícil de administrar na eternidade.
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Esta é a causa de minha recusa em compartilhá-las e, ao mesmo tempo, desta esperança de esquecê-las, todas, com o passar dos muitos anos que ainda espero viver. Partirei feliz, com a leveza de uma coleção vazia de palavras inexistentes.

23 abril 2010

Sem som

Encerra-se hoje a Conferência dos Povos da Terra, convocada pelo Evo, bem aqui na Bolívia, e eu nem pude ir. Tudo bem, já não estou mesmo tão disposto assim a movimentos e já me basta o Seminário dos ayahuasqueiros na semana passada, cujos resultados ainda vão render muito trabalho.
Mas a idéia é interessante, fazer uma Conferência oposta às reuniões de "estadistas" organizadas pela ONU, como o fiasco de Copenhague e o próximo fracasso, já anunciado, no México. Foi assim que nasceu o Fórum Social de Porto Alegre, para se opor ao Forum Econômico de Davos. Tem algum resultado? Muito pouco, mas é sempre bom encontrar a turma, né mesmo?
De todo modo, todas essas grandes reuniões internacionais são midiáticas e simbólicas, destinam-se a impressionar a psique coletiva e seu resultado prático é o barulho. Por isso lamento que a mídia brasileira tenha dado tão pouca importância ao encontro na Bolívia, merecia ao menos uma zoadinha. Mas -que digo!- a maioria dos brasileiros nem sabe onde fica a Bolívia.

12 abril 2010

Seminário

Comunidades Tradicionais da Ayahuasca
Construindo Políticas Públicas para o Acre

Realização: Câmara Temática de Cultura Ayahuasqueiras – CMPC/FGB, Assembléia Legislativa do Acre, Fundação Elias Mansour – Governo do Estado do Acre, Centros Tradicionais da Ayahuasca

Data: 12,13,14 e 15 de abril de 2010 – Rio Branco - Acre

Local: Horto Florestal

Dia 15 – Plenário da Assembléia Legislativa

Programação

Dia 12 - Segunda- feira

14h - Abertura do Credenciamento

14h 30 - Solenidade de Abertura Oficial

16h30 - Mesa Redonda - História da Ayahuasca e sua importância na formação histórica do Acre

Participantes – Antonio Alves, Francisco Hipólito e Edson Lodi

17h40 - Intervalo – Coffe Break

18h às 21h30 - Sessão Temática: Cultura, Educação e Turismo

Dia 13 – Terça-feira

8h30 às 10h30 - Sessão Temática: Saúde

10h30 às 12h30 - Sessão Temática: Segurança Pública

12:30/14:00: Almoço

14h30 às 18h - Sessão Temática: Meio Ambiente e Urbanismo

Dia 14 – Quarta-feira

8h30 - Leitura da sistematização das sessões temáticas, debates e aprovação do documento final para encaminhamento das Propostas à Assembléia Legislativa

12:00/14:00: Almoço

14:30: Continuação da plenária e encerramento do seminário.

Dia 15 – Quinta-feira

10h - Seção Solene de Entrega dos títulos de Cidadão Acreano aos três Mestres Fundadores

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A Câmara Temática de Culturas Ayahuasqueiras do Conselho Municipal de Políticas Culturais realiza junto com a Assembléia Legislativa do Acre, Fundação Garibaldi Brasil e a Fundação Elias Mansuor o Seminário "Comunidades Tradicionais da Ayahuasca – Construindo Políticas Públicas para o Acre" que irá acontecer de 12 à 14 de abril no Horto Florestal, que culminará com a realização de uma Sessão Solene a ser realizada pela ALEAC na manhã do dia 15.

Os debates vão ser realizados em torno dos eixos temáticos: Cultura, Educação e Turismo; Saúde e Segurança Pública; Meio Ambiente e Urbanismo. O objetivo é discutir esses temas levando em conta as particularidades das comunidades tradicionais da ayahuasca acreanas, contribuindo para a construção de políticas públicas mais adequadas. A partir das discussões, será elaborado um documento com propostas a ser entregue à Assembléia Legislativa do Acre.

O encontro começa no dia 12, das 14h, sendo realizado no Horto Florestal até o dia 14. No dia 15 haverá uma Sessão Solene de Entrega dos títulos de Cidadão Acreano aos três Mestres Fundadores das comunidades tradicionais da ayahuasca, Mestre Irineu Serra, Mestre Daniel Mattos e Mestre Gabriel Costa, na Assembléia Legislativa do Acre a partir das 10h.

A ficha de inscrição para os interessados a participar do seminário está disponível no blog Cultura RB (http://culturarb.blogspot.com), sendo também possível a inscrição no dia do evento.

Câmara Temática de Culturas Ayahuasqueiras – É uma das 34 Câmaras Temáticas do Conselho Municipal de Políticas Culturais, que faz parte do Sistema Municipal de Cultura, criado em 2007. Para participar do Conselho e participar das reuniões mensais, basta realizar o Cadastro Cultural do Município de Rio Branco na sede da Fundação Garibaldi Brasil

08 abril 2010

Muito acima da cabeça

Aquele arrepio na alma -melancólica alegria- ao ver a luta da chuva com o primeiro anúncio do verão, a quase friagem do vento em rebuliço, com os pés na terra e a cara pra cima, procurando biribá maduro -agora que não tem manga e goiaba- e, ao mesmo tempo, uma fisgada de preocupação com estiagem ainda no início de abril, o que pode significar verão longo e grande seca, de que minha capoeira rala não necessita. Mas tudo calmo e cheio de sentido.
à noite, entretanto, com imagens de temporais no Rio, quebram-se outra vez a calma e o sentido.
Mais um dia de silêncio, portanto. Mais um dia.